quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Queimar as naus

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Dentre os resumos que já postei (e que ainda postarei aqui), esse* é um dos meus favoritos. Isso porque o tema serve para todos nós, sempre que precisamos tomar uma decisão importante. Se você, como eu, tem dificuldades nessas horas, recomendo a leitura...


Agátocles, conhecido como o Tirano de Siracusa, numa expedição marítima para conquistar Cartago, ao desembarcar, mandou queimar todos os seus próprios navios, no porto. As tropas, então, avançaram e conquistaram o território.

Por que isso? Por que queimar as naus?

Para não ter volta. Para eliminar totalmente a possibilidade de desistir e recuar.

Os vikings também faziam isso. Quando chegavam no lugar onde decidiam ficar, queimavam seus navios. Há outros exemplos semelhantes na história, com o mesmo propósito: impedir qualquer pensamento de recuo. Na conquista de Cartago, esse foi o fator decisivo. Foi o que fez os soldados terem garra para vencer, uma vez que sabiam que não haveria volta.

Esse exemplo histórico nos leva à seguinte pergunta: quando você, que está lendo, toma uma decisão importante, sendo ela de ordem pessoal ou profissional, você queima o barco e segue em frente ou deixa esse mesmo barco esperando na praia, para o caso de alguma coisa errada acontecer, garantindo a sua segurança?

Quando deixamos o barco na praia, esperando a gente voltar, temos a tentação e a chance de desistir. Não lutamos para valer, porque temos certeza de que, ao menor sinal de risco, podemos largar tudo e fugir de volta para nossa zona de conforto.

Quantas vezes começamos um projeto e, no meio do caminho, paramos e voltamos. Quantas vezes não nos comprometemos totalmente e ficamos pensando na possibilidade de voltar – ou até de não ter ido, de não ter nem começado.

É o caso de casais que começam um relacionamento já pensando em uma separação. Não consideram a decisão como algo definitivo. Não queimam as naus da vida de solteiro. O barco está sempre na praia, esperando. Quando mal acontece a primeira discussão, cada um corre para o seu barco.

É também o caso de estudantes que começam uma faculdade ou um curso e desistem logo em seguida, alegando não terem gostado, sendo que mal começaram as aulas. Ou o caso de líderes que não continuam seus projetos, por medo de algum fracasso.

Ao tomar uma decisão, é necessário queimar as naus e seguir em frente. Caso contrário, como diz um ditado, você ficará com um pé no cais e o outro pé na balsa. Não se entregará de verdade.

Claro que não devemos confundir perseverança com teimosia – dar murros em ponta de faca, insistindo em coisas que não funcionam. Nesse caso, temos que recomeçar, refazer nossos planos.

Mas se a vitória é possível, mesmo que incerta, temos que insistir. Você só terá certeza de que tomou a decisão certa depois de vencer os seus medos e enfrentar o desafio de frente.

Lembre-se: deixando o barco na praia, você sempre vai considerar a opção de não se arriscar. Mas quando não há barco algum esperando, o que você vai fazer? Terá que avançar, caminhar, seguir em frente, até vencer.

“Assim, para vencer é preciso ter a coragem de queimar as naus” (Luiz Marins).

Leonardo Donato

* Resumo do programa de TV Motivação & Sucesso com o prof. Marins, exibido no dia 16/11/03.
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Um comentário:

  1. Parabéns! E obrigado pelo grande estímulo prestado a todos os leitores, através de tão brilhantes e profundas abordagens! Sucesso sempre a você!
    Cleo Boa Nova

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